quarta-feira, 23 de julho de 2008

Outra vez o fantasma

O São Paulo conquistou mais do que respeito nos últimos anos - sua perfomance de rolo compressor nas temporadas recentes ajudaram-no a despertar principalmente o medo nos rivais.

Grande triunfo. Hoje, quando olham para trás na tabela e vêem o São Paulo no encalço, os outros times sentem-se como alguém que foge de assombração: mais cedo ou mais tarde o bicho vai pegar. E quanto mais se teme a tragédia iminente, mais forte ela fica. Não dá para escapar. É como areia movediça.

O São Paulo é um pesadelo, um fantasma, uma sina. Que o diga o Flamengo. O rubro-negro, mais do que ninguém nesse momento, deve estar sentindo os suores causados pela assombração. Na Gávea estas simples sílabas causam terríves sobressaltos: tri-co-lor.

O Flamengo e todos os outros na frente do São Paulo na tabela vão jogar as próximas rodadas contra os adversários em campo e o medo na mente.

Alguém precisa deter o São Paulo, sob pena da assombração ganhar cada vez mais e mais vulto, até o ponto de tornar-se invencível. Mas não é com medo que se combate esse tipo de terror. É com coragem. Aproprio-me aqui de uma estratégia já consagrada pela biologia de choque no que diz respeito ao encontro com tubarões. Diz a ciência que, ao toparmos com uma dessas feras no meio do oceano, devemos não nos intimidar, mas partir para cima num combate encarnecido e furioso. Só assim temos chances de sair com vida. O mesmo vale para tentar deter o São Paulo. O bicho pode parecer feio, até que lhe acertemos o primeiro soco no focinho.

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