quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Um rossonero ressurge

Acabei de ver o jogo Milan x Zurique, pela copa da UEFA. O time do Milan, também nesta temporada, chama a atenção pela elevada média de idade dos jogadores. Mas, ao contrário dos anteriores, o atual elenco tem qualidade técnica. Isso porque Shevchenko e Ronaldinho, se não são mais jogadores no auge da forma, ainda oferecem mais ao futebol do que um Inzaghi ou um Ronaldo, por exemplo. Além disso, há uns bons jovens ali no Milan, como o Flamini. E uma promessa de craque, que é o Pato.

No jogo de hoje, na Suíça, Kaká começou no banco, poupado. O primeiro tempo não foi dos mais emocionantes, mas serviu para ver algumas tentativas de jogadas entre o trio ofensivo, formado por Ronaldinho, Shevchenko e Seedorf. O Seedorf, aliás, é um desses que contribui para a média de idade do time. Só que não perde a categoria, pelo contrário, parece que se aprimora a cada dia. Dizem que ele quer se aposentar no Flamengo. Eu acredito.

Quando o Kaká entrou, já na segunda metade da partida, o Milan naturalmente ganhou criatividade e começou a atacar com mais perigo. Até sair o gol, num cirúrgico toque por cobertura do Ronaldinho que deixou o Shevchenko na cara do gol para marcar. Aí me lembrei dos bons tempos de 2003, quando eu, então um secundarista em eternas férias (mesmo durante o período de aulas), comecei a assistir futebol internacional. Naquela época eu torcia para o Milan, porque o Kaká tinha acabado de se transferir para lá. Por tabela, acabei me afeiçoando a outros jogadores também, principalmente o Gatuso, o Seedorf, o Maldini e o Shevchenko. Passei boas tardes de quarta-feira tomando coca gelada e vendo o Milan na Champion´s League, achando uma maravilha aquele torneio que reunia tanto jogador famoso, lotava os estádios e era anunciado com a musiquinha clássica "the champions...." junto com a propaganda da Amstel (na época ainda não era a Heinekken a patrocinadora oficial).

O Shevchenko era um dos melhores centroavantes de então, seguramente figurava em qualquer lista top 3. Muito veloz e com uma finalização seca e forte, sem muita beleza, mas com elegância. Não tinha conversa com ele dentro da área. Vê-lo fazendo gol hoje novamente com a camisa do Milan e o próprio fato de eu ter, exepcionalmente, passado uma tarde de folga, me levou de volta a cinco anos atrás. Talvez por isso tenha me dado vontade de torcer com a antiga paixão para o rubro-negro de Milão. Na temporada 2008/2009 volto a ser um rossonero.

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