quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Picos e vales

Torcer para o Flamengo é passar, de um dia para outro, da profunda tristeza para a euforia suprema. Não há meio termo. Veja o exemplo do Obina: ou é tratado como craque, ou como uma negação. Oscilar entre o céu e o inferno é a sina do clube.


Depois da derrota para o Atlético, dramática e aterradora, o título parecia impossível e a vaga na Libertadores uma linha fina no horizonte. Muito flamenguista já tinha desistido do campeonato. Ouvi um dizer: "agora é preparar o time para o ano que vem". O fim parecia ter chegado. Mas bastou ganhar do Vasco e ver a distância para o Grêmio cair a quatro pontos para a euforia voltar a tomar conta da torcida e do time.


Hoje, contra o Coritiba, o Flamengo joga seu futuro no campeonato. Se vencer, fica mais vivo do que nunca. Ainda mais porque Grêmio e São Paulo têm jogos difíceis e, mesmo jogando em casa, correm risco de perder pontos. Em caso de derrota, no entanto, o abatimento cai de vez sobre a equipe, e aí vai ser difícil recuperar. Tudo bem que no Flamengo do desânimo para o extâse é um pulo , mas a montanha-russa emocional tem limite.

O maior motivo para ganhar hoje: o Maracanã precisa continuar temido pelos adversários. Pelo bem da mística de que o Flamengo não perde com o apoio da torcida, urge dar uma surra no Coxa hoje, varrendo da memória as recentes patinadas em casa. E aí é só cuidar da festa do hexa, como bem lembrou nosso presidente.

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