quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Estrategista das sombras

Não é por ter ganhado o título ontem, é por tudo que mostrou ao longo da carreira que o Tite seria uma alternativa interessante para o lugar do Dunga. Ele já provou não é simplesmente um desses técnicos gauchões, como o Mano Menezes, Adílson ou o próprio Dunga, que montam times mordedores, raçudos, mas sem inspiração. Com o Tite a história é diferente. As equipes dele sabem o que fazer com a bola no pé e, apesar de defenderem com competência, têm vocação ofensiva. Ideal para o reerguer futebol brasileiro.

Este atual Inter é o melhor time do país. Teria levado o campeonato brasileiro se não tivesse demorado tanto tempo para terminar de montar o elenco. Por merecimento, é o campeão de 2008. Se algum técnico deve sair consagrado do torneio, este é o Tite.

Eu me lembro de um caso, quando ele era treinador do Corinthians, lá por 2004. À noite o noticiário esportivo trouxe a seguinte informação: no último treinamento antes de enfrentar o adversário do fim de semana, Tite faz coletivo entre titulares e ninguém. Eram onze contra zero. Não se tem notícia, em todo o futebol mundial, antes ou depois daquele dia, de tática sequer parecida. Foi quando eu vi que ali havia um treinador diferenciado. Alguém que soube trazer para o futebol a eterna batalha entre o homem e o nada.

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