quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A noite em que os filhos de Papai Joel cruzaram armas contra os homens do terrível Coronel Bolognesi

Começou a fase de grupos da Taça Libertadores da América (o torneio de futebol que tem o nome mais bonito, ainda que inapropriado, uma vez que a América a que se refere ainda não foi de fato libertada).

A Libertadores desperta tanto interesse porque é o mais próximo que a humanidade conseguiu chegar de um ponto de intersecção entre os duelos de gladiores da Roma antiga e o futebol contemporâneo - as duas maiores paixões de massa ao longo da história.

Ter mantido a selvageria da arena e, ao mesmo tempo, abolido as mortes. Ter casado a civilização com a barbárie. Esses são os grandes méritos da Libertadores.

Infelizmente, em nenhum momento da noite de hoje Flamengo e Coronel Bolognesi lembraram os grandes embates que fizeram a fama do torneio. O jogo terminou num zero a zero tão modorrento que, mal comparando, foi como se o leão e o gladiador se sentassem no meio da arena e decidissem resolver suas diferenças numa partida de buraco - tem gente que apreciaria, daí o vôlei.

Prefiro acreditar, e vou dormir aferrado a essa convicção, que os filhos de Papai Joel estão guaradando o melhor para domingo.

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